Apesar de mais um resultado positivo na taxa de desemprego no Brasil com 11,8%, o número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,3 milhões de pessoas. Houve recuo de 0,4 ponto porcentual na taxa de desocupados no trimestre encerrado em agosto na comparação com o acumulado entre março e maio. A queda é de 0,3 ponto porcentual frente ao mesmo período no ano passado.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal, divulgada pelo IBGE, nesta sexta-feira (27). A analista do Instituto responsável pelo estudo, Adriana Beringuy, reforça que há um movimento de redução, mas puxado pela informalidade.
Segundo o economista Gilberto Braga, professor do IBMEC, a ocupação sem carteira assinada impacta diretamente na economia do país.
Entre os setores, a ocupação cresceu em relação ao trimestre anterior na indústria com 2,3% e na construção com 2,8%.
A jornalista Camila Costa voltou ao mercado recentemente e confessa que cogitou entrar para o mercado informal.
Com 41,4% da população ocupada na informalidade, esta é a maior proporção desde 2016. O economista Rodolpho Tobler, da FGV, descreve qual cenário seria o ideal na queda do desemprego.
Segundo o IBGE, a queda no desemprego foi puxada pela entrada de 684 mil trabalhadores no mercado. Ainda de acordo com a pesquisa, 12,6 milhões de pessoas estão desocupadas.