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Extra - Alyne Bittencourt (14/12/2018)

Endividados: 40% dos cariocas com nome sujo devem até R$ 500, mostra pesquisa

A conclusão é de um levantamento feito pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro

Uma pesquisa mostrou que grande parte dos cariocas com nome sujo tem dívidas de até R$ 1 mil. A conclusão é de um levantamento feito pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) com consumidores que procuraram o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da entidade. De acordo com o estudo, 40% dos inadimplentes da capital têm em atraso pagamentos de até R$ 500.

Em seguida vêm as dívidas de até R$ 600, que dão dor de cabeça a 30% dos ouvidos pelo CDLRio; enquanto 12% disseram ter pendências de até R$ 1.000; outros 8% devem até R$ 2 mil; 4% afirmaram que seus débitos atrasados podem chegar a R$ 3 mil; e 6% estão devendo até R$ 5 mil.

Para botar as contas em dia, Gilberto Braga, especialista em finanças e professor do Ibmec, indica fazer um levantamento das dívidas que se tem e buscar um plano de quitação, este, por sua vez, deve priorizar os débitos com juros mais elevados, como cartão de crédito e cheque especial.

— O ideal é reunir todas essas dívidas bancárias em um único local, usando mecanismo da portabilidade, que é transferência de um banco para o outro — explica. — Essa dívida consolidada pode ser transformada em empréstimo de longo prazo com juros menores e num valor de prestação que, mesmo com aperto no começo a pessoa, consiga honrar .

Outra recomendação de Braga é aproveitar o 13º salário e usá-lo na renegociação das dívidas, usando o valor recebido para quitar a maior parte possível do débito.

A Escola de Educação Previdenciária lembra os brasileiros costumam “aderir ao crédito apenas observando o valor da prestação e não o custo efetivo total envolvido (CET) daquela operação”, deixando de considerar os juros elevados.


7% NO VERMELHO PORQUE EMPRESTARAM NOME

Nem todas as dívidas, no entanto, foram contraídas pela própria pessoa. A pesquisa mostrou que 7% dos entrevistados estão na lista de maus pagadores porque emprestaram o nome para alguém que não honrou os pagamentos.

E engana-se quem pensa que a maioria dos consumidores incluídos na lista do Serviço Central de Proteção ao Crédito da CDLRio estava desempregado. De acordo com o levantamento, 62% trabalhavam, contra 38% fora do mercado.

Para fazer a pesquisa, a CDLRio ouviu 500 consumidores que procuraram seu SCPC em outubro e novembro para regularizar o nome.


PARA NÃO SE ENROLAR EM 2019

Para não repetir os erros no próximo anos e garantir contas no azul, a Escola de Educação Previdenciária dá dicas de como controlar o orçamento e ter um dinheirinho para os presentes de Natal.

A primeira recomendação é fazer uma reserva financeira durante todo o ano. A instituição sugere que sejam separados até 30% do orçamento líquido mensal, mas sem comprometer gastos fixos e pessoais. Contudo, caso “existam dívidas acumuladas, escolha quitá-las”.

Liste quem você vai presentear e dê mais importância aos mais próximos. Segundo a instituição, o melhor é definir “um valor máximo para cada presente e, à medida que for comprando, diminuir ou aumentar esta lista conforme seu orçamento”.

Por fim, sempre que possível, a melhor opção é pagar à vista, já que os parcelamentos vão pesar no orçamento do ano seguinte, que já fica normalmente comprometido com despesas fixas como IPTU, IPVA e material escolar.