Quem sonha comprar um imóvel terá a chance de se beneficiar, já durante a 14ª edição do Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal, das novas taxas de financiamento da instituição. O evento deve acontecer, no Rio de Janeiro, em maio. Esta semana, o banco anunciou a redução da taxa de juros de 10,25% para 9% ao ano para as linhas de financiamento que utilizam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.
"As novas taxas já estão valendo nas agências bancárias e nos correspondentes imobiliários. Estarão disponíveis também no Feirão", anuncia o superintendente regional da Caixa no Rio de Janeiro, José Domingos Correa Martins.
As famílias que serão mais beneficiadas com a redução são aquelas com renda superior a R$ 9 mil e que pretendam investir acima de R$ 300 mil. "Tudo ficou mais fácil, uma vez que a cota de financiamento aumentou para 70% em imóveis usados. Assim, o comprador precisa ter menos poupança. Isso representa menor impacto no orçamento mensal das famílias", afirma Domingos.
Especialistas alertam, no entanto, que os interessados devem comparar as taxas oferecidas por todos os bancos públicos e privados. Em muitos casos, elas podem cair em função do relacionamento que o cliente possui com determinada instituição financeira.
Especialistas acreditam ainda em uma competição mais acirrada entre as instituições a partir de agora, devido à iniciativa da Caixa. "A tendência é de que esse movimento leve outros bancos a diminuírem também suas taxas. Porém, é muito importante avaliar como está o comportamento dos juros futuros", orienta o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz Antônio França.
"Essa notícia trouxe otimismo para o setor imobiliário. Em um momento em que o mercado não apresentava grandes resultados, levando em consideração também a situação econômica do país, essa novidade chega em boa hora, e esperamos a retomada das negociações", comenta o diretor do Creci-RJ, Laudimiro Cavalcanti.
Aluguel ou financiamento
O economista Gilberto Braga, professor de Finanças da Fundação Dom Cabral, explica vantagens e desvantagens do financiamento em relação ao aluguel. "Quando se compara o custo do aluguel com o valor inicial da prestação da casa própria, conclui-se que os valores são próximos, podendo ser até menores em certos casos de financiamento. Porém, a grande dificuldade, normalmente, é o valor da entrada, que exige uma poupança de 30% do valor do imóvel".
O vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, concorda. "Os consumidores encontram boas condições, hoje, no mercado. A própria redução da Caixa já é muito positiva".
O site da Caixa Econômica disponibiliza um simulador de financiamento para quem pretende buscar informações sobre em quais condições pode adquirir um imóvel. Os interessados têm acesso a dados projetados de como deve se comportar financeiramente os seus próximos meses.
Atrativos
Além da redução de juros, existem outros atrativos no mercado. Há casos de compra de imóveis novos em que as construtoras facilitam a entrada, parcelando o valor e aceitando até carro como forma de pagamento. A organizadora de eventos Monique Nunes, 31 anos, por exemplo, está buscando esse tipo de benefício. "Com o anúncio da queda de juros, retomei a procura por um imóvel da imobiliária Avanço Realizações. Entrei em contato com a construtora para viabilizar esse sonho. Tenho a opção de dar um carro de entrada, o que já ajuda", explica.
PASSO A PASSO
PRÉ-REQUISITOS
Para quem quer conseguir uma linha de crédito, é necessário ter: renda compatível com o valor da prestação (parcela de até 30% da renda familiar bruta), nome limpo, capacidade civil; ter maioridade ou ser menor emancipado com 16 anos completos; e ser brasileiro nato, naturalizado ou estrangeiro detentor de visto permanente no país.
PRAZOS
O prazo máximo de financiamento é de 35 anos (420 meses) na Tabela SAC e 20 anos (240 meses) na Tabela Price. O prazo mínimo é de dez anos (120 meses) para valor de financiamento igual ou inferior a R$ 100 mil; ou 15 anos para financiamentos acima de R$ 100 mil (180 meses) na Tabela SAC e na Tabela Price.
FUNCIONAMENTO DAS TAXAS
São decrescentes à medida que o cliente possui maior grau de relacionamento bancário com a Caixa Econômica.
