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O Dia (23/12/2017)

Entenda os riscos da moeda virtual

Bitcoin é uma moeda virtual (também chamada de criptomoeda), usada no mercado de tecnologia, para liquidação de transações financeiras

Recentemente, a cotação de um Bitcoin alcançou R$ 33 mil (US$ 10 mil) e esta semana chegou a valer mais de R$ 60 mil. Há um ano não valia nem US$1 mil (R$ 3,3 mil). E ontem sofreu um baque, perdendo cerca de 35%. Bitcoin é a junção de “bit”, a menor unidade tecnologia de informática, com “coin” que inglês significa “moeda”.

Logo, bitcoin é uma moeda virtual (também chamada de criptomoeda), usada no mercado de tecnologia, para liquidação de transações financeiras. A moeda ganhou notoriedade quando os “piratas da internet” começaram a sequestrar dados dos computadores das empresas e das pessoas e a exigir pagamento como resgate, exclusivamente em Bitcoins. Uma característica desta moeda virtual é a falta de controle pelas autoridades, sendo de utilização mundial.

Ou seja, nenhum banco central de qualquer país regulamenta a circulação. Por isso os hackers se interessam por ela, por ser difícil rastreamento, se prestando para o pagamento de ações ilícitas.

Os ganhos especulativos com o bitcoin são estupendos, não se comparando com qualquer outro ativo da economia tradicional, o que tem despertado o interesses de muita gente. Os bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil, por exemplo, já soltaram comunicados alertando os investidores sobre a possibilidade de uma bolha que pode explodir. Ou seja, a cotação do bitcoin, pode despencar de uma hora para outra, como ocorreu ontem.

Como se trata de moeda sem lastro, as perdas podem ser explosivas. A moeda virtual já oscilou mais de uma vez, despencando de sem aviso prévio, com depreciação de cerca 70% do seu valor. O bitcoin já está listado na bolsa de mercadorias de Chigaco como commodity (igual a saca de café, farinha, laranja etc) e em breve deverá ser admitida para negociação na Bolsa Nasdaq (de tecnologia). Não obstante, não há consenso sobre as garantias legais e as punições que tal formalização exige.

Em torno de 60% das transações ocorrem no Japão, onde o bitcoin foi criado, mas rapidamente vem crescendo no resto do mundo. Vários especialistas acreditam que no futuro, dado o avanço da conectividade da população mundial, o bitcoin vai substituir o dólar como moeda de referência.

Trata-se de prognóstico ousado, mas não impossível. Por enquanto, o a moeda virtual é pura especulação, para ganhar ou perder muito dinheiro.